quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Lixo: responsabilidade de cada um



Ainda não havia postado nada sobre meio ambiente, mais aqui vai… como morei no Japão por um tempo, absorvi muitas coisas boas que podem ser aplicadas aqui. Uma delas é separar o lixo. Em casa, separamos tudo. Só o orgânico vai o lixo normal. Para isso, sempre compramos sacos de lixo biodegradáveis. Costumamos usar a marca Emba Lixo, pois é mais fácil encontrar no Pão de Açúcar ou Carrefour.

Lisa, a vegetariana



Neste episódio de 1995 - quando eu sequer pensava em parar de comer carne - Lisa Simpson visita um parque e conhece uma ovelhinha que não sai de sua cabeça. Principalmente na hora da refeição, onde como em todas as famílias "normais" não existe prato sem carne. Nesse dia, ela decide não comer mais carne.

Assisti a esse desenho faz pouco tempo. Mas o curioso é que me indentifiquei em quase todas as situações. Acho que muitos vegetarianos, também. Principalmente ser visto como esquisito comedor de alface.

Mas a principal lição do episódio é quando ela vai à loja de conveniência Kwik-E-Mart do indiano Apu, que apresenta Paul e Linda McCartney, vegetarianos convictos. Lisa, como iniciante, além de aprender que também existe o veganismo e que todos devem se respeitar, pois ela comete um grande erro de alguns vegetarianos: automaticamente não aceitar que outras pessoas não tenham as mesmas ideias que ela. Até entendo que quando decidimos adotar outro estilo de vida e alimentação por amor aos animais sentimos um pouco de revolta por o mundo ser assim, mas sempre penso que nunca tentaram me converter ao vegetarianismo enquanto eu era um consumidor de carne obsessivo. E acredito ser o jeito certo. Vejo que muitas pessoas têm pé atrás quando alguém próximo para de comer carne e também entendo, pois deve ter muitos chatos que enchem o saco. E assim segue com religião, política e coisas ainda menso úteis como futebol e big brother.

Vegetarianismo é um assunto que não costumo abordar, a não ser em lugares como este blog e quando me perguntam. E também não iria a um churrasco com uma camiseta "Go Vegetarian". Já temos coisas demais que dividem as pessoas, enquanto deveriam uní-las - como citei no parágrafo anterior. Então não há necessidade de guerrinhas porque pensamos diferentes dos outros.

Lembro que quando "comecei a parar" de comer carne, algumas pessoas ficaram insatisfeitas - sim, não deveriam, mas ficaram. Algumas até disseram que é exagero, que o mundo é assim mesmo e tal. Hoje aceitam mais de boa. E tive a sorte de pensar assim quando adotei o vegetarianismo, pois nunca tentei converter alguém, nem fiz qualquer discurso. Mas, como estou mais empolgado com a culinária vegetariana e suas adaptações, não fico sem cardápio para as visitas.

É isso aí.

Pastel


O rango de Natal foi ótimo. O pai da minha namorada, além das carnes de costume dele, comprou milho e berinjela, e também fizemos hamburgueres de soja para grelhar. Passamos bem. Teve espaço para nós, vegetarianos.

O almoço também contou com pastéis vegan, recheados com palmito e proteína de soja refogada. Graças a Mezzani, temos essa maravilhosa massa de pastel sem ovos. Recomendo, pois ela é saborosa e pode ser frita ou assada. Fizemos no forno, pois fritar faz sujeira, mas ainda prefiro pastel frito. Pastel assado, para mim, é melhor feito com a massa própria para forno.

Encontramos a massa no Pão de Açúcar. Média de 6 reais.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Lipton - a maldade por trás da embalagem


Recebi um boletim da Peta que comemorava o fim dos testes que a Unilever (ela, mais uma vez) fazia em animais para a linha Lipton. Na hora, qualquer um se perguntaria: mas até os chás? Pois é. Eles faziam todo aquele absurdo de cortar a barriguinha dos ratinhos e colocar aquelas porcariadas que vão dentro de um chá industrializado como esse. Sempre achei as embalagens dos chás Lipton chamativas, mas hoje não os bebo mais por falta de costume, pois só consumo chá japonês sem açúcar. Mas já comprei muito, o que me fez pensar em como devemos prestar mais atenção nas coisas que costumamos pegar no mercado. Animais podem estar sofrendo em laboratórios por causa de um suco ou chá que, teoricamente, deveriam ser testados em nós mesmos. Lamentável. Mas pelo menos pararam com a crueldade na produção dessa linha de produtos. Pelo menos.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Missoshiru para todos

Uma das coisas que fiquei pensando quando parei de comer peixe era que eu acabaria ficando sem missoshiru pelo resto da vida, já que a receita original é com pó de peixe bonito (hondashi). Mas como dentro de nossa realidade muita coisa se adapta, pesquisei e encontrei uma receita que me rendeu um sorriso de orelha a orelha. Aqui vai a versão vegan da maravilhosa sopa de missô japonesa passo a passo:


Você vai precisar de alga konbu (acima) e shiitake (abaixo) desidratados, além do tradicional missô.


Quando colocar a panela no fogo, coloque um pedaço de konbu. É a hora certa para hidratá-la e extrair o sabor, pois ela não deve ficar muito tempo na água quente, pois fica amarga. Um pedaço pequeno é suficiente, pois ela cresce bastante, e o importante é o sabor.

 

Assim que a alga estiver pronta (acima), retire-a e reserve. Já deu para ver o tamanho que ela fica. A água, nessas alturas, já deve estara morna. Cuidado com a temperatura. Em seguida, coloque o(s) shiitake(s) na água para hidratar e começar a liberar mais sabor e cor na água. Nessa hora, eu costumo colocar um pouquinho de sal - vai do seu gosto - e Aji No Moto.


Quando a água estiver bem quente, retire os cogumelos com algum utensílio e fatie-os. No meu caso, gosto de colocar no missoshiro nabo passado no ralador fino. Se você gostar e tiver feito o mesmo, então é hora de colocar o nabo e o shiitake na panela e deixar mais um tempo - detalhe: a água do missoshiru, assim como a do chá verde não deve ferver. Nesse tempo, fatie a alga konbu, pois ela vai para a panela no final do preparo. Aviso importante: o nabo no missoshiru é um tanto fedido - não se assustem mais, não está estragado. Se quiser, substitua por tofu em cubos - que são colocados na hora de servir, em cada tigelinha. Também costumo colocar moti (massa de arroz - postarei sobre ela em breve).


Quando a água estiver soltando bastante fumaça, é hora de apagar o fogo, colocar a alga e misturar o missô. Pronto: acabou o sofrimento de quem aderiu ao vegetarianismo e - como eu - achava que não iria mais curtir um missoshiru. O sabor fica excelente e nem dá saudade do original.

Lamen para vegetariano macho


Quando a conversa é pimenta, ninguém é mais sangue ruim do que coreano e chinês. E eu adoro isso!! Uma das melhores coisas que não precisamos abrir mão é de pimenta. E este lamen instantâneo é muito, mas muito apimentado. E, apesar de ter pedaços de carne na foto da embalagem, só vai proteína de soja na receita.

Se você está preparado para suar muito, é a sua cara. Só não repare nos shiitakes que estão na foto. Os que vêm no pacote são bem pequenos, então coloquei alguns por conta própria.

Média de 3 reais, na Liberdade.

Sobremesas - Marshmallow sem maldade


Mais um ponto para os japoneses! Como sempre gostei de marshmallow, temos aqui uma simpática embalagem deles, sabor morango. E o melhor de tudo é que não vai clara de ovo nem gelatina animal. Eles usam a gelatina agar-agar, que é feita de algas. Mas não faça cara de nojo, pois não tem nada que lembre sabor de alga. E como todos os doces japoneses, não é exageradamente doce, como os ocidentais, o que o torna mais agradável. E é recheado com um tipo de geleia.

Se você ainda está com um pé atrás sobre a alga, pense (numa visão geral): o que é mais estranho, pé de vaca cozido (sim, é isso que você come - ou comia - quando curtia gelatina) ou alga?

Recomendadaço!!