quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Missoshiru para todos

Uma das coisas que fiquei pensando quando parei de comer peixe era que eu acabaria ficando sem missoshiru pelo resto da vida, já que a receita original é com pó de peixe bonito (hondashi). Mas como dentro de nossa realidade muita coisa se adapta, pesquisei e encontrei uma receita que me rendeu um sorriso de orelha a orelha. Aqui vai a versão vegan da maravilhosa sopa de missô japonesa passo a passo:


Você vai precisar de alga konbu (acima) e shiitake (abaixo) desidratados, além do tradicional missô.


Quando colocar a panela no fogo, coloque um pedaço de konbu. É a hora certa para hidratá-la e extrair o sabor, pois ela não deve ficar muito tempo na água quente, pois fica amarga. Um pedaço pequeno é suficiente, pois ela cresce bastante, e o importante é o sabor.

 

Assim que a alga estiver pronta (acima), retire-a e reserve. Já deu para ver o tamanho que ela fica. A água, nessas alturas, já deve estara morna. Cuidado com a temperatura. Em seguida, coloque o(s) shiitake(s) na água para hidratar e começar a liberar mais sabor e cor na água. Nessa hora, eu costumo colocar um pouquinho de sal - vai do seu gosto - e Aji No Moto.


Quando a água estiver bem quente, retire os cogumelos com algum utensílio e fatie-os. No meu caso, gosto de colocar no missoshiro nabo passado no ralador fino. Se você gostar e tiver feito o mesmo, então é hora de colocar o nabo e o shiitake na panela e deixar mais um tempo - detalhe: a água do missoshiru, assim como a do chá verde não deve ferver. Nesse tempo, fatie a alga konbu, pois ela vai para a panela no final do preparo. Aviso importante: o nabo no missoshiru é um tanto fedido - não se assustem mais, não está estragado. Se quiser, substitua por tofu em cubos - que são colocados na hora de servir, em cada tigelinha. Também costumo colocar moti (massa de arroz - postarei sobre ela em breve).


Quando a água estiver soltando bastante fumaça, é hora de apagar o fogo, colocar a alga e misturar o missô. Pronto: acabou o sofrimento de quem aderiu ao vegetarianismo e - como eu - achava que não iria mais curtir um missoshiru. O sabor fica excelente e nem dá saudade do original.

Lamen para vegetariano macho


Quando a conversa é pimenta, ninguém é mais sangue ruim do que coreano e chinês. E eu adoro isso!! Uma das melhores coisas que não precisamos abrir mão é de pimenta. E este lamen instantâneo é muito, mas muito apimentado. E, apesar de ter pedaços de carne na foto da embalagem, só vai proteína de soja na receita.

Se você está preparado para suar muito, é a sua cara. Só não repare nos shiitakes que estão na foto. Os que vêm no pacote são bem pequenos, então coloquei alguns por conta própria.

Média de 3 reais, na Liberdade.

Sobremesas - Marshmallow sem maldade


Mais um ponto para os japoneses! Como sempre gostei de marshmallow, temos aqui uma simpática embalagem deles, sabor morango. E o melhor de tudo é que não vai clara de ovo nem gelatina animal. Eles usam a gelatina agar-agar, que é feita de algas. Mas não faça cara de nojo, pois não tem nada que lembre sabor de alga. E como todos os doces japoneses, não é exageradamente doce, como os ocidentais, o que o torna mais agradável. E é recheado com um tipo de geleia.

Se você ainda está com um pé atrás sobre a alga, pense (numa visão geral): o que é mais estranho, pé de vaca cozido (sim, é isso que você come - ou comia - quando curtia gelatina) ou alga?

Recomendadaço!!

Coisas que não podem faltar em casa - Stir-fry Sauce


Sabe aquele molho de ostra chinês para refogados? Pois é, esta é a versão veggie dele. E vou te falar uma coisa: não deve nada ao outro. Para nós, em casa, é muito útil, pois dá aquela levantada no aloz flito.
Encontrei num mercado chinês que fica na praça da Liberdade. Custa em média 10 reais. E rende bastante.
Recomendo, e muito!!