Uma das coisas que fiquei pensando quando parei de comer peixe era que eu acabaria ficando sem missoshiru pelo resto da vida, já que a receita original é com pó de peixe bonito (hondashi). Mas como dentro de nossa realidade muita coisa se adapta, pesquisei e encontrei uma receita que me rendeu um sorriso de orelha a orelha. Aqui vai a versão vegan da maravilhosa sopa de missô japonesa passo a passo:
Você vai precisar de alga konbu (acima) e shiitake (abaixo) desidratados, além do tradicional missô.
Quando colocar a panela no fogo, coloque um pedaço de konbu. É a hora certa para hidratá-la e extrair o sabor, pois ela não deve ficar muito tempo na água quente, pois fica amarga. Um pedaço pequeno é suficiente, pois ela cresce bastante, e o importante é o sabor.
Assim que a alga estiver pronta (acima), retire-a e reserve. Já deu para ver o tamanho que ela fica. A água, nessas alturas, já deve estara morna. Cuidado com a temperatura. Em seguida, coloque o(s) shiitake(s) na água para hidratar e começar a liberar mais sabor e cor na água. Nessa hora, eu costumo colocar um pouquinho de sal - vai do seu gosto - e Aji No Moto.
Quando a água estiver bem quente, retire os cogumelos com algum utensílio e fatie-os. No meu caso, gosto de colocar no missoshiro nabo passado no ralador fino. Se você gostar e tiver feito o mesmo, então é hora de colocar o nabo e o shiitake na panela e deixar mais um tempo - detalhe: a água do missoshiru, assim como a do chá verde não deve ferver. Nesse tempo, fatie a alga konbu, pois ela vai para a panela no final do preparo. Aviso importante: o nabo no missoshiru é um tanto fedido - não se assustem mais, não está estragado. Se quiser, substitua por tofu em cubos - que são colocados na hora de servir, em cada tigelinha. Também costumo colocar moti (massa de arroz - postarei sobre ela em breve).
Quando a água estiver soltando bastante fumaça, é hora de apagar o fogo, colocar a alga e misturar o missô. Pronto: acabou o sofrimento de quem aderiu ao vegetarianismo e - como eu - achava que não iria mais curtir um missoshiru. O sabor fica excelente e nem dá saudade do original.


